“Não há como, neste momento, conter o uso do deepfake”. Foi com essas palavras que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, levantou a preocupação com a presença dos conteúdos criados com Inteligência Artificial generativa nas próximas eleições brasileiras, previstas para outubro, durante uma entrevista a Globonews . “Nós vamos lidar com deepfakes nas eleições”, sentenciou Barroso, que, em outros momentos, já havia sinalizado também a necessidade de regulações de IAs.
A fala do ministro – que veio antes da publicação das minutas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proíbem, entre outros pontos, a produção de deepfakes nas eleições de outubro – gerou debate nas redes sociais. O jornalista Bruno Sartori, produtor de deepfakes satíricas, discordou de Barroso, afirmando que a contenção desse tipo de conteúdo é possível de ser feita. “As redes sociais são capazes de detectar e bloquear os deepfakes, assim como fazem com pornografia. Só falta as autoridades obrigarem as redes a tomarem essas medida”, escreveu Sartori em seu perfil no X (antigo Twitter).