A maioria dos profissionais de educação veem a tecnologia e a inteligência artificial (IA) como aliadas do ensino, mas também apontam desafios ligados ao seu uso. De acordo com entrevistados ouvidos em um levantamento realizado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), 75% enxergam com otimismo a IA na educação, mas apenas 40% afirmam usar ferramentas desse tipo recorrentemente.
Em 2024, usos positivos foram descobertos, assim como os riscos passaram a ser evidentes. A otimização de tarefas e a possibilidade de personalizar conteúdos e metodologias de aprendizagem foram acompanhadas pela exposição de dados sensíveis, conteúdos desinformativos nas escolas e o aprofundamento de estereótipos em textos e imagens, resultado da atuação de vieses algorítmicos, carregados de racismo e misoginia.
Nesta reportagem especial, desenvolvida em parceria com a Pearson, a Lupa conversou com dez especialistas no tema para que nos ajudassem a identificar tendências, expectativas e desafios da IA na educação em 2025. Entre os aspectos mais citados estão: alteração nas estruturas pedagógicas, ampliação da oferta e do interesse por letramento digital, bem como a necessidade de regulação e atenção aos riscos ligados a vieses algorítmicos.